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Malala: na quarentena, espetáculo sobre a mulher mais jovem a ganhar o Nobel é sucesso na internet

Divulgação / Renato Borges

Lançado em 2015, o livro infantojuvenil ‘Malala: a menina que queria ir para a escola’, que conta a história da ativista paquistanesa Malala Yousafzai, rapidamente tornou-se um best-seller no Brasil. Tudo indica que sua autora, a jornalista paulista Adriana Carranca, acertou em cheio quando decidiu levar às crianças e adolescentes a vida inspiradora de Malala que, com apenas dezessete anos, ganhou o Prêmio Nobel da Paz (um recorde ainda não superado).

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Com a ajuda da ilustradora curitibana Bruna Assis Brasil, o livro escrito por Adriana apresentou em uma linguagem mais acessível aos jovens essa história quase trágica envolvendo radicalismo religioso e político, que culminou em uma tentativa de assassinato (quando tinha quinze anos, Malala levou um tiro na cabeça por defender o acesso das mulheres à educação, algo proibido no regime do Talibã). De repente, o Paquistão e o Vale do Swat não pareciam mais um universo tão distante do nosso. Na verdade, muitos jovens brasileiros começaram a se identificar com elementos da narrativa, como a realidade violenta e a dificuldade no acesso à educação.

Com todo esse sucesso, não demorou muito para que o livro ganhasse uma adaptação teatral. Dirigido por Renato Carrera e com canções inéditas de Adriana Calcanhotto, o musical ‘Malala: a menina que queria ir para a escola’ estreou nos palcos em 2018 e rapidamente tornou-se um fenômeno de bilheteria. Não era incomum ver longas filas pelas ruas do Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília ou por onde mais o espetáculo passou. Ainda menos incomum era ver crianças frustradas por não conseguirem garantir o seu ingresso. Entretanto, a epidemia da COVID-19 interrompeu bruscamente a turnê de ‘Malala’, com todos os teatros do país fechados para garantir o distanciamento social.

 

Malala 4

 

Agora, para continuar levando a história inspiradora da ativista paquistanesa a cada vez mais gente, o Itaú Cultural disponibilizou uma versão filmada do musical em seu canal no Youtube: são sessões – transmitidas geralmente aos sábados e domingos – que vem batendo os milhares de espectadores a cada transmissão. Ou seja: se você não teve a oportunidade de ler o livro ou assistir ao espetáculo no teatro, essa é a sua chance, finalmente! Os interessados podem ficar atentos ao canal ‘Itaú Cultural’ no Youtube, que divulga regularmente os dias e horários das próximas sessões.

Em tempos em que se discute a necessidade de repensar a educação e os modelos de ensino, aulas presenciais ou à distância, nada mais atual e recomendado.

 

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