Com frequência, a moda nos envolve em uma rede de mitos que impõem normas sobre o que é considerado aceitável ou não. Desde padrões de beleza inatingíveis até a constante pressão de seguir as tendências do momento, isso pode fazer com que muitas mulheres se sintam alienadas e desconectadas de sua verdadeira autenticidade, levando-as a pensar que certas roupas são exclusivas de certos tipos de corpo ou personalidade. A moda deveria ser uma expressão individual, não uma frustração causada pelo bombardeio de expectativas pouco realistas.
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A busca por um estilo próprio é algo pessoal que vai além de seguir tendências. “O autoconhecimento é uma das ferramentas-chave que devemos ter para saber para onde queremos ir”, explicou Mariana Ruíz Díaz, Consultora de Imagem e Personal Stylist, em entrevista com Nueva Mujer. “Uma vez que tenha os seus objetivos claros, é mais fácil definir o que quer projetar e começar a gerar uma melhor relação com o seu guarda-roupa”.
Ao encontrar nosso estilo único, criamos uma narrativa visual que comunica nossa verdadeira essência ao mundo. Não se trata de nos conformarmos com o que é considerado ‘tendência’, é hora de abraçar o que realmente nos faz sentir bem. De acordo com Ruiz, um dos mitos que você deve quebrar ao começar a transformar seu estilo é que você sempre precisa adquirir algo novo.

“Mudar nossa imagem não necessariamente implica em comprar roupas novas, mas sim aprender a tirar proveito do que já temos. É importante considerar roupas que caem bem em você, pois caso contrário, você começa a se limitar e a gerar uma relação tóxica com algo que não te faz sentir confortável. Uma vez que você depura, começa a ver o que quer e precisa. Isso ajuda a fazer compras de forma inteligente, sem encher seu armário com roupas novas apenas por fazer, criando assim um guarda-roupa funcional. Podemos adaptar o que já temos e, com base nisso, começar a adquirir coisas.”
As regras da moda foram feitas para serem quebradas
Os básicos do seu guarda-roupa são as peças fundamentais que garantem que os seus conjuntos estejam bem equilibrados; no entanto, a especialista assegura que não há uma regra única, pois cada pessoa tem os seus básicos dependendo do seu estilo de vida.

"Obviamente nem todas as tendências precisam nos agradar. Como dizem, 'da moda o que te serve' e não no sentido do seu tipo de corpo, mas sim da sua personalidade. As tendências precisam se adequar ao seu estilo", enfatizou.
As regras da moda muitas vezes são baseadas em normas sociais e opiniões pessoais, e podem ser restritivas, limitantes e pouco convincentes, razão pela qual é tão importante aprender a quebrá-las sem medo. “A parte corporal é uma das maiores batalhas que temos. Às vezes nos fechamos por isso. Temos que nos exercitar experimentando roupas, não apenas olhando; quebrar a imagem do manequim. Se você não experimentar, não vai saber como fica ou como se sente. Temos que quebrar essa ideia de que certas roupas só ficam bem em certos corpos.”

Ruiz acrescentou que também é importante parar de acreditar que se preocupar com seu estilo significa que você é uma pessoa superficial ou banal. “Cuidar realmente da sua imagem é algo positivo porque é a sua carta de apresentação. Visualmente, formamos julgamentos e histórias. Não é para os outros, é para você. Se você tem uma imagem positiva de si mesma, vão perceber essa segurança em você.”
Outro mito que precisa ser quebrado é que a moda é apenas para um certo nível socioeconômico ou para pessoas que se dedicam a certas coisas. “Muitas pessoas acreditam que você precisa investir muito dinheiro em um guarda-roupa de qualidade, mas não é verdade. Você pode ter muito dinheiro e vestir-se dos pés à cabeça com roupas de designer e ainda se sentir inseguro. As marcas não são tudo no final do dia”, apontou a especialista. “Também é preciso parar de acreditar que é preciso ter um certo tipo de corpo para ter uma boa imagem”.