A moda não é apenas usar uma roupa e pronto, mas sim um verdadeiro movimento que envolve várias partes, com uma cadeia de trabalho enorme que pode ser ótima para muitos, e prejudicial para tantos outros, e é isso o que o novo documentário sobre a Shein mostra. Realizado pela Channel 4, ele expõe os bastidores de uma das maiores marcas de roupas dos últimos anos, e deixou muita gente chocada.
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Chamado de “Untold: Inside The Shein Machine”, o documentário mostra como a atacadista de vestidos de noiva Sheinside evoluiu em 2015 para um dos maiores varejistas de roupas do mundo, com garoto-propaganda de fast fashion e tudo mais, trazendo tudo o que queremos quando o assunto em roupa, seja qual for a ocasião. Com isso, a rapidez, qualidade e os preços baratos fazem com que a hashtag #SheinHaul seja uma das maiores do TikTok.
Por conta de todos esses benefícios, a Shein também é muito questionada sobre seus impactos éticos e ambientais, e também sobre como a política de funcionários é feita dentro da empresa, que é mostrada no documentário em si. Apresentado pela jornalista Iman Amrani, o documentário mostra o custo humano do modelo de negócios, principalmente ao enviar um trabalhador disfarçado para dentro das fábricas em Guangzhou e Reino Unido.
De acordo com as leis trabalhistas chinesas, os trabalhadores não podem fazer nada mais do que 40 horas de trabalho por semana. Mas nas fábricas da Shein, eles trabalhavam 18 horas por dia, com turnos que começavam às 8h e terminavam bem tarde da noite. Além disso, os trabalhadores tinham apenas um dia de folga por mês, trabalhando de domingo a domingo.
Em questão de salário, eles recebiam em torno de 4000 yuans, o que dá aproximadamente 2900 reais na cotação atual, para fazerem 500 peças de roupa por dia. Se tivesse algum erro nessas peças de roupa, eles eram penalizados com ⅔ do salário diário. Como tinham pouco tempo para fazer qualquer coisa além do trabalho, as mulheres ainda eram vistas lavando os cabelos durante o intervalo do almoço.
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Além disso, a Shein já foi criticada por produtos químicos tóxicos nas roupas, e também por roubar designs de criadores independentes sem permissão ou crédito, além da forma como lidam com os clientes.
Em resposta ao documentário, a Shein disse para a Glamour: “Estamos extremamente preocupados com as reclamações apresentadas pelo Channel 4, que violariam o Código de Conduta acordado por todos os fornecedores da SHEIN. Qualquer não conformidade com este código é tratada rapidamente e rescindiremos parcerias que não atendem aos nossos padrões. Os padrões de Fornecimento Responsável da SHEIN mantêm nossos fornecedores de manufatura a um código de conduta baseado em convenções da Organização Internacional do Trabalho e leis e regulamentos locais que regem as práticas e condições de trabalho. Trabalhamos com agências independentes líderes como TUV, SGS, OpenView e Intertek para realizar auditorias sem aviso prévio nas instalações do fornecedor. Solicitamos informações específicas do Channel 4 para que possamos investigar.”
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